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Rio do Sul, SC
O frio forte que chegou a Santa Catarina nos últimos dias tem refletido também no número de internações por problemas respiratórios. Só no primeiro semestre de 2025, já foram registrados 8.025 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em todo o estado, de acordo com dados divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) até o dia 28 de junho.
Segundo o boletim epidemiológico, a maioria dos casos é causada por “Outros Vírus” — como adenovírus, vírus sincicial respiratório e rinovírus —, que representam 38,8% das notificações. Em seguida, aparece a Influenza (gripe), com 19,3% dos casos, e a Covid-19, com 3,4%.
As regiões mais impactadas são a Grande Florianópolis, com 1.666 casos e 65 mortes, e Itajaí, com 508 casos e 29 óbitos. Os grupos mais atingidos são os idosos e as crianças. No caso da gripe, quase metade dos casos (48%) ocorre em pessoas com mais de 60 anos. Já entre as crianças de até 4 anos, a taxa é de 19,5%. Entre os óbitos, a maioria foi registrada entre pessoas com mais de 50 anos.
Vacinação segue abaixo do ideal
Apesar da gravidade da situação, a cobertura vacinal entre os grupos prioritários segue baixa: apenas 46,49% dos idosos, gestantes e crianças de 6 meses a 5 anos foram vacinados contra a gripe. Esses são justamente os grupos com maior risco de desenvolver casos graves e que mais precisam da proteção.
O diretor da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE), João Augusto Fuck, reforça que a vacinação é a principal forma de prevenção. Ele também alerta para a importância dos cuidados básicos no dia a dia, como lavar as mãos, evitar aglomerações e usar máscara em caso de sintomas gripais.
Como prevenir os vírus respiratórios:
Vacinação anual contra a gripe;
Lavar bem as mãos com água e sabão;
Usar máscara se estiver com sintomas;
Evitar lugares fechados e com muita gente;
Cobrir o nariz e a boca ao tossir ou espirrar;
Evitar colocar as mãos nos olhos, nariz e boca;
Manter superfícies limpas com álcool;
Não compartilhar copos, talheres ou objetos pessoais.
A expectativa é de que, com a intensificação do frio nas próximas semanas, os cuidados sejam redobrados para evitar novos casos graves e proteger os mais vulneráveis.
