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Rio do Sul é alvo de operação contra fábricas clandestinas de palmito

Ação do Ibama e ICMBio aplicou mais de R$ 320 mil em multas e apreendeu produtos ilegais em indústrias da região

14/10/2025 às 14h28
Por: Redação
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Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Rio do Sul esteve entre os municípios fiscalizados pela Operação Euterpe 2025, realizada entre os dias 6 e 10 de outubro pelo Ibama e pelo ICMBio. A ação teve como objetivo combater fábricas clandestinas de conserva de palmito-juçara (Euterpe edulis), espécie nativa da Mata Atlântica e ameaçada de extinção.

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Durante as inspeções, que também ocorreram em cidades como Ibirama, Blumenau, Gaspar e Pomerode, foram aplicadas multas que somam R$ 321,9 mil. Os agentes apreenderam palmito in natura, conservas, equipamentos industriais e até aves silvestres encontradas em cativeiro ilegal, mantidas em gaiolas e viveiros improvisados.

Cadeia ilegal e riscos à saúde

Segundo os órgãos ambientais, grupos organizados retiravam clandestinamente palmeiras de áreas de floresta, transportavam o material e o beneficiavam em fábricas que funcionavam sem registro. Parte do produto era vendida diretamente a bares e restaurantes, envasada sem rótulo ou controle sanitário, e em alguns casos misturada a outras espécies, como pupunha e palmeira-real.

As condições de higiene em algumas fábricas também chamaram a atenção: foram encontrados ambientes sem controle de temperatura, vidros reutilizados e ausência de rótulos. O Ibama alertou que o consumo desse tipo de produto pode causar botulismo, uma doença grave provocada pela bactéria Clostridium botulinum.

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Indústrias regularizadas também foram vistoriadas

Além dos estabelecimentos irregulares, a operação inspecionou fábricas legalizadas que cumprem exigências como o Cadastro Técnico Federal (CTF) e o Documento de Origem Florestal (DOF). O objetivo, segundo os fiscais, é distinguir atividades regulares das ilegais e fortalecer o controle sobre a origem do palmito comercializado.

Impactos ambientais

A palmeira-juçara, além do valor comercial, tem importância essencial para a Mata Atlântica, já que seus frutos alimentam mais de 60 espécies de aves e mamíferos. A extração ilegal compromete a regeneração da floresta e ameaça o equilíbrio do ecossistema.

Os relatórios e autuações da operação serão encaminhados ao Ministério Público e às prefeituras, que deverão apurar responsabilidades sanitárias e criminais.

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